terça-feira, 6 de novembro de 2012

NOVO LIVRO!!

O livro vai ser lançado dia 20 de Novembro de 2012!


Esse é o primeiro livro de Heider A. D. Seus poemas escolhidos procuram retractar o crescimento poético e intelectual da poesia de uma juventude. Uma mente jovem e aberta sai a procura de descobrir na própria realidade de si mesmo os sentimentos que o fazem viver a realidade que o circunda. Nesta procura surge então uma maturidade inesperada, repleta de preocupações que afectam todo o crescimento e desenvolvimento de uma juventude: amizade, família, amores, diversões, o tempo, os outros e a consciência, mas sobretudo pode-se realçar o papel preponderante dos seus sentimentos. Meus Poemas são versos de si para si mesmo, e quem lê sente a preocupação pessoal do autor de se encontrar enquanto ser mais repleto de sentimentos, do que de razão. 

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sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Soneto da Partida


Vou partir e prefiro não dizer-te
Parto por ti; não poder ter-te,
Sem fim, sem espaço, sem nada mais
Só e apenas só, eu e você…de mais.

Prefiro fugir, pequeno e inerte
Eu que tanto procurei convencer-te!
Diverte-te! Me esquece sem mais,
Não creias que me facilitais,

Pois teu desprezo nesse instante,
Joga com meu amor errante,
Que erra de mais por não ter-te

Hoje tenho malas prontas e feitas
Para partir, para nunca mais,
Tentar pensar ou voltar atrás…por ti.


quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Egoísta Coração...


Ser...
Mais para mim.
Menos egoísta.
Mais amigo.
Mais ou menos esquecido
É a única maneira de ser.
Egoísmo de um Coração destroçado
Entre tristeza e esperança
Finalizado ante a desilusão
De não poder ser apaixonado,
Mais como criança.
Mais amigo
Com todo aquele carinho
Esquecido devagarinho
Ainda sinto falsidade de mansinho
Mas vejo que com dificuldade
Ainda há chances de ser sem maldade,
Bom-amigo, quem sabe padrinho…
Amar só uma…
Só um…
Apenas uma e por um…
Não faz qualquer sentido!
Devo então trocar de amigos?
Ou trocar de Coração?
O que me pedes é impossível!
É de facto sem Coração!
Não consigo destruir meu egoísmo
Egoísmo que constrói minha ilusão
Porque só assim
Com essa imensidão
Vivo sorrindo nesse triste planeta
Pois sem ti e agora sem amigos
Vivo apenas sozinho
Com meu egoísta Coração
Que vaga feito cometa
A cair num espaço vazio
Sem direcção.

Um Dia



Um dia vais perceber
Que na vida; tudo
Acontece sem saber
Mas nesse acontecer
Somo nós que agimos
Sempre sem querer
E no dia que você souber
Não me venhas dizer
Que nunca disse; que te irias arrepender.
Porque a vida é curta
E o instante é triste
Um dia vais perceber,
Que toda felicidade existe
Para nosso bel prazer
E fugir e esquecer
Amarga o querer
E estraga o Existir.
Não te deixes abalar,
Quando enfim descobrires
Que todo amor quando triste
É mais belo e feliz
É mais uma forma de te ver…
Assim quando enfim querer
E o acontecer
Tiver que ocorrer
Vais perceber o Tempo
Que não existe,
Os gostos que não sentistes
Mas agora já é hora…
De morrer.
E quando enfim findar
Sua vontade de não mais querer
O seu querer tao novo
E o seu novo chegar
E descobrires que querer
Faz acontecer
Vais querer viver
E ele vai querer apagar
Vais querer correr
Mas suas pernas vão desabar
E nesse dia vou te ensinar
Que só o espírito é livre
Só a alma é capaz de amar…

Se Deixasses



Se deixasses
Minhas palavras te beijariam
E suas defesas cairiam
Seus olhos revirariam
E indefesa te apaixonarias
Se deixasses…
Tudo seria fácil
Minha poesia inútil
Te levaria ao prazer
E minhas atitudes…ao amanhecer
Se deixasses….
Seus beijos me cobririam
Seus apertos me sufocariam
Tu me matarias
E seu amor me devoraria
Apenas se deixasses
E apenas se…

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Razao de Sonhar



Enquanto durmo
E meus olhos caem
Nesse mundo que deixo para trás
É hora de viver, aliás
O que meu mundo não esquece
Toda hora acontece
Mas só quando durmo
Ele sobe a minha tez
E nesses versos
Que a dormir escrevo
São meus sentidos
Esquecidos e obsoletos
Que sinto flamejar
São pedaços esquecidos
De todo desejo
De todo medo
De um dia ficar para trás
Por isso deixo no sonho
O que é de lá
E apenas trago
Em grandes golos
A razão, razão de sonhar…

Anjos Doentes


Não sabia que os anjos ficam doentes…
Pensava que só os meros mortais,
Esses loucos desgovernados tacanhos
Agarrados a dura e espessa pele
Que esconde toda e qualquer espécie
De uma sugestiva espiritualidade.
Mas tu, pura e oceânica,
Delicada e cândida,
Fortaleza despercebida e espirituosa,
Não sabia que também possuías
Um lado real e material
Lado seu escondido e despercebido
Mas que rugias de alturas vertiginosas
Gritando seus defeitos Despercebidos
Nunca antes vistos, um anjo decaído
Um anjo despercebido nessas terras
Terras lúgubres e impróprias.
De suas delicadas assas sedosas
Areolada a tudo seduz.
Anjo perfeita, anjo de luz.

O Poeta



Queima o peito mas sou suspeito
Porque escrevo sem jeito ante essa dor
Que assola o meio encerra
Parar de gritar e de ardor
Só quando O poeta em letras
Erradas Tantas dilacera
Sua incrível vontade de não encerrar
Seu pranto. Chora o erro cometido
Erro de parar de sonhar
Com aquele sonho perdido
Nas letras e palavras, nas juras e caladas
Noites ou dias, que me esperam
E somente quando erro
E meu erro se faz presente
E o presente ausente que desespera
Se faz matéria para outra mente
Sem fim e não exaspera
O sentimento toca levemente
Como glacé ou chantilly
Noutro Coração talvez doente
Meu ardor demente
Que nunca outro vi senti
Sem motivo ou com motivo, sem ti
Aí sim, as vezes, chega ao fim.

Meu Erro


E o amor que não era
Acaba por morrer
E o que espera
Acaba por endurecer.
Esse erro de enaltecer
A paciência santa de sentir
De ficar e pagar para ver
Antes mesmo de agir.
E agora já era
Tudo mais pulveriza
E o que era do não ser
Acaba agora sumido
Não sendo o que não era
Sem sentido ou contendo
Meu erro foi essa espera.

Coisa Feia




És tu cara pálida
Que apareces soturna
Pela noite cálida
A fingir que estudas

Vens toda flácida
Com sua cara testuda
Seu humor de gente ácida
Fingindo que és peituda

Tu que és mal-amada
E que já foste esquecida
Hoje és apenas desesperançada
A tentar ser aparecida

Não finjas que sua dor é alegria
Pois sei que sua fingida alegria veio da dor que sofrias.

Cascais, 20.10.2012

domingo, 28 de outubro de 2012

Passa-Tempo


Amanhece o sol a beijar o mar
O trem veloz a cortar o ar.
O barco vem banhar o imaginar
De velhos; sem apressar o jantar.

E meus olhos a observar acolá,
Fora daqui adentra o respirar
Da brisa que a embalar
Meu ser a alar para Alancar  

Amanhece, velozmente a passar,
Meu olhar nobremente a acoplar
Minha vida a dentro e mente harpejar.

Venço metro fortemente a andar
De rima em trilha, docilimamente a pular
Poesia dita, ditatoriamente o dialogar
De um poeta sem minimamente rimar.

Sem grassa, graceja para passar
O tempo da cereja a acabar
E acaba a cerveja desse viajar.

Espero que estejam a gostar
Porque quem verseja vai finalizar,
E aquilo que enseja vai alcançar
Não na sua igreja mas o lugar
Que deseja chegar.


Algés, 28.10.2012

sábado, 27 de outubro de 2012

Um Passo


Um Passo

Mesmo depois de tantos versos
Onde te enobreço e te elevo
A musa de minhas inspirações
Tu que és flor e ilusões
Dás-me adeus e beijos sem ilações
É uma verdadeira ventura
Ganhar o Coração dessa miúda
E hoje escrevo sem companhia
Nesse mundo agora ido
Em meu Coração vencido
Conquisto apenas um passo
Um pequeno e vencido obstáculo
De ouvir-te chamar-me, Querido!

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Bossa-Nova para Ti


Bossa-Nova para ti

Se não me queres
Por que me beijas?
Por que aceitas meus versos cortês?
Depois me deixas
Sem nada dizer
Porque já dissestes
Que  é  impossível me querer

Tu que danças e me beija
Mentes no querer
Ao fingir não querer
O que seu corpo ardente quer

Dizes não e é sim
Dizes não e é, quero!
Dizes e não dizes
O que apenas espero
Que te dispas
De toda suas mágoas
E de todas suas máscaras

E que venhas sem fim para mim...

Bossa-Nova a Moça


Bossa-Nova a Moça

Essa moça acaba com meu Coração
Faz-me perder a cabeça
Devora-me a solidão
E arrasta-me para a descrença

Ela não tem profissão
Seu ofício é a trapaça
Arte do ladrão
E sua astúcia me trespassa

São beijos aveludados em cachaça
Seios apimentados na desgraça
Seu dom é levar-me a alma

E de mim já não sei a graça
Perdido na maré calma
De uma vida sem graça
Por não ter aquela que ama.

Soneto a Marina


Soneto a Marina

Reflectes a luz da Marina
Humilde e honesta trabalha
Maré tranquila que não chacoalha
Esforçada e feminina

Banhos de tinta e tina
Meu ser na ilha
De Coração em malha
Por meu amor por Marina

O cheiro do mar me Ilumina
Velhas moções antigas
E brilha pequenina

Uma nova forma de ver a vida
Uma nova forma de sentir ainda
Uma nova forma de amar-te iluminada e pequenina, Marina.

Velhos Barcos de Pescar


Velhos barcos de pescar…

Velhos barcos de pescar
O mar reluz os faróis da marina
Os barcos baloiçam sem pressa
Enquanto as brumas cantam
Velhas canções de ninar

Essas são as vozes mais antigas
Tao antigas quanto o tempo
Tao perdidas quanto o mar
Embalam todos os tempos
Com suas velhas canções de ninar

Os barcos de pescar
Que de todos os tempos
Sempre se fizeram sem pressa ao mar
Dormem aconchegados
Um sonho sem perigo
A espera do revolto mar

Barcos que nossa imaginação encanta
Em toso os quadros canta
Sua beleza simples humilde e pobre beleza
De fazer cantar.

Doentes da Alma


Velhos doentes de alma
Por que esquecem que Tudo Passa?
A morte sempre espreita, perpassa
Os tolos e as bestas sem alma
Oh! Velhos turistas impressionistas
Sem permissão entrastes em minha vila
Não pediste licença ao pássaro
Nem te banhastes nas minhas cores
Não sabes beber a beleza
Dos antigos amores
Das belas tristezas
O sonho de viver toda certeza
Do Ser belo, de amar toda natureza.

Um dia a passear...


As sombras nas águas
E a beleza dos quadros
Os impressionistas armados
Imprimem as marcas

Os olhos ante as barcas
Hoje banhadas amareladas
São as luzes das estrelas
A embalar no mar parado

A cor, o cheiro e o passo acanhado
De velhos turistas atrapalhados
Ante a beleza. E a doença, a doença da alma
Que esqueceu na infância perdida
Os olhos da criança, que ama
Que cumprimenta com elegância,
Os pássaros alados
E as barulhentas gaivotas de voo eriçado.
Ante tanta beleza
Os olhos penetram na calçada
A tentar descobrir de uma alçada
Uma maneira de resolver suas finanças.

Soneto a moça Europeia que trabalha na areira


Soneto a moça Europeia que trabalha na areira

Triste outono pueril
Começo de chuva e de frio
Continuam na praia sem brio
Jovens de ócio febril

Menina moça, és pequena, e senil
Leva a cultura em teu regaço estio
Será que és feliz ou sofres de um esquecimento doentio?
O verão já fugiu!

Hoje trabalhas em seu castelo de areia
Antes escravos dobravam Europa
Realizando-o em Sangue e beleza

Hoje trabalhas ante a pobreza e a rudeza
Não um trabalho de sangue e beleza
Mas de ócio doentio e de tristeza.

Soneto de um Desencanto II


Soneto de um Desencanto II

Confesso-te finalmente
Amor desapegado
Coração apreçado
Amor ardente

Esfrias assertivamente
Com olhos desapaixonados
Meu Coração em pedaços
Palavras vazias e ausentes.

E assim deprimente
Sou um Boto de alma vazia
Que morre lentamente

Meu amor sem primazia
Sem amor para mais um dia
Sem vontade de viver livremente.

Soneto da Afliçao


Soneto da aflição

Hoje faço sofrer meu coração
Amor que passa em minhas veias
Tento fugir da emoção
Mas não vejo maneiras de destruir suas teias

Hoje embargado na solidão
Embrulhado em meias
Faço sofrer nessa imensidão
O próprio sentimento do coração sem peias

Coração que tanto amou
Hoje estrangulo-lhe o gorgolejo desalentado
Sem deixa-lo dizer-te adeus apaixonado

Ouço queixas de ti, que amou, que chorou
Hoje chora nosso amor clonado
Final de tudo, amor amado, amor acamado.

Coleccionador de Amor


Colecciono amor

Colecciono amor
E meu coração já é uma caixa cheia
Amores que ficaram…
Quantas vezes se amou?
Colecciono amor
Amor eterno e fincado
Daqueles de tatuagem bem guardados
Que queimam com ardor quando acabados
Colecciono amor
Colecciono amor
Colecciono amor
Eu te amei.

08-10-2012 Lisboa, Cascais.

Amor


Amor

 Você nunca vai saber
O quanto de amor que tenho por ti
Nunca vai saber
Quanto amor guardei
Quanto nunca esqueci
Procurei fugir e te amar foi só onde cheguei
Mas você nunca vai saber
Quanto de amor guardo por ti
E o quanto te jurei
Nunca vai saber o quanto
Quanto ainda perdura
O quanto dura
Saber que errei, não errei
Mas o fim foi sempre o fim
Nem desconfias
Que ainda e para sempre
Eu te amei, te amo e amarei.

Soneto de um Desencanto I


Soneto de um Desencanto I

Em mil pedaços
Pedir para que viesses
Viestes e em beijos te enlaço
Mas rápida me esqueces

Pedi para que ficasses nos enlaços
Mas fiel ao teu Coração não quisestes
E num outro beijo morrestes em meus braços
Fingistes que me esquecestes…

Dançastes felina
Mas nem beijos nem abraços
Só na estação me enlaças em teu charme de menina

E num adeus mal acabado
Leva-me a querer-te sem embaraços
Mais beijos, mais toques, ou seu colo, menina.
Lisboa, 21.10.2012