Queima o peito mas sou
suspeito
Porque escrevo sem
jeito ante essa dor
Que assola o meio
encerra
Parar de gritar e de
ardor
Só quando O poeta em
letras
Erradas Tantas dilacera
Sua incrível vontade de
não encerrar
Seu pranto. Chora o
erro cometido
Erro de parar de sonhar
Com aquele sonho
perdido
Nas letras e palavras,
nas juras e caladas
Noites ou dias, que me
esperam
E somente quando erro
E meu erro se faz
presente
E o presente ausente
que desespera
Se faz matéria para
outra mente
Sem fim e não exaspera
O sentimento toca
levemente
Como glacé ou chantilly
Noutro Coração talvez
doente
Meu ardor demente
Que nunca outro vi
senti
Sem motivo ou com
motivo, sem ti
Aí sim, as vezes, chega
ao fim.
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