segunda-feira, 23 de abril de 2012

O Chanceler de Ferro


O Chanceler de Ferro
Romance mediúnico, ditado pelo espírito Conde J. W. Rochester para a médium inglesa Wera Krijanowski e traduzido por M. Curvello de Mendoça.
A obra conta a história de José do Egito, sua ascensão e queda. José filho de Jacó nos primeiros tempos da   humanidade.
A obra possui duas partes. A primeira intitulada “Da obscuridade ao poder”, conta como José filho de Jacó é vendido pelos irmãos a um comerciante egípcio e comprado como escravo por Putifar, chefe dos arqueiros do Faraó Apopi, e como este é atraiçoado pela esposa do Putifar mandado para a cadeia. Na cadeia torna-se conhecido pela sua presteza e por adivinhar os sonhos de alguns condenados. Aliás, é por adivinhar o sonho do faraó Apopi, sobre o futuro do Egipto que torna-se finalmente o Chanceler e o primeiro homem a segui ao Faraó. Casa-se então com a filha de Putifar.
 A segunda parte intitula-se “Poder real e poder sacerdotal”, e conta as intrigas, os preconceitos e descriminações de uma alta sociedade egípcia e os seus sacerdotes perante José. José domina o Egito com  “mão de ferro” administra o país para que não falte o necessário em tempos de escassez. Porém o seu ódio pela casta sacerdotal e pelos preconceitos vividos, e ainda o ódio que sua própria mulher nutre por ele devido a estes mesmos preconceitos, não permite que enxergue a desolação que lança sobre o próprio Egipto. O drama pessoal de José seria de fácil solução uma vez que sua esposa facilmente o amaria, seu coração inflama de paixão e o que sua boca não diz seus olhos são um poço onde reluz todos seus segredos, facilmente penetrados pelo aguçado olhar de José. Se não fossem os preconceitos impostos pela sociedade a um homem de fora, que se ergue como chanceler a custa de "magia". Asnath, filha de Putifar, facilmente amaria aquele ser rígido, e provavelmente outro teria sido o desenlace final. Ela fora proibida por maldiçoes egípcias a renegar o estrangeiro a todo custo, pois ia se casar com um outro semelhante egípcio de nome Hor. Todo seu ser se convalesce num drama psicológico sem precedente. São tempos cheios de intrigas e secretas maldiçoes, e apesar de prometida a outro marido, seu coração trai-se a si mesma quando ver José e seus olhos verdes aguçador. Seria fácil se render aos encantos desse novo amor. Porque mesmo tratando muito mal a José, ele não deixa de a amar e velar por ela. Mas os preconceitos de castas são destoantes com os imperativos do coração e intransponíveis.
O desenlace é soberbo e define todo o futuro do Egipto. Os dramas pessoais são vidas como todas as nossas e durante várias reencarnações aprendemos. A trama sentimental, aliada aos fatos históricos, fazem desse romance um grande romance e um ensinamento para a vida de todo ser humano.

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